quarta-feira, 10 de abril de 2013

temo mau tempo



e o céu, como se lá em cima nos estivessem a cozinhar em lume brando com uma colher a muitas revoluções por minuto, escurece.
fecha-se.
reúne espirais de nuvens. descarrega relâmpagos, sopra vendavais.
escrevo agora debaixo de chuva, pára-raios do meu coração.
não se procurem razões para tumultos.
a resposta é invariavelmente a mesma, uma mulher.

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